Olá pessoal! Como estão? Hoje é domingo. E isso é bem legal porque é o dia oficial de colocar as pernas para o ar. É aquele momento de jogar a poeira fora. De analisar como foi a última semana e fazer aquela limpeza pesada em cada aspecto. Seja nas emoções, seja nos acontecimentos, seja nos seus contatos. Para mim, em cada domingo eu passo por uma espécie de luto tardio. Às vezes, aparece uma tristeza momentânea, mas ela passa. Acontece que fico o dia todo presa em casa e isso me causa tédio. Daí, tomei a decisão de fazer posts para o blog aos domingos. Aí fica, o sábado para os poemas na minha página do Facebook e deixo o domingo para trabalhar aqui no blog. E vamos que vamos, porque o assunto de hoje é bastante polêmico.
Foi anunciado uns meses atrás que nossa espetacular e necessária tecnologia inventou uma arma para estagnar de vez aquilo que o ser humano tem de melhor: sua capacidade de raciocínio e tomada de decisão. Sim, minha gente! Dêem as boas-vindas para a Inteligência Artificial. Pessoalmente, eu me senti um pouco deslocada e perguntei-me: "Onde ficam os escritores e demais artistas criativos nessa história?". Será que todos serão renegados, afastados para uma margem que lhe tornam, totalmente, desnecessários? Eu leio as notícias, vejo fotos de robôs e me dá vontade de chorar.
A última que aconteceu em São Paulo, é que o governo queria limitar as aulas, nas escolas, ao uso do ambiente virtual. Logo, veio a discussão sobre os inúmeros problemas que isso acarretaria na saúde mental dos alunos. Estar o dia todo, olhando para a tela brilhante de um computador, não é algo que eu ache que trará empolgação para o aluno na hora de estudar. Vejo por mim: meus olhos começam a arder e sinto-me cansada, a ponto de desistir. Não tem nada melhor que as páginas de um livro físico. Você pode marcar os trechos e acrescentar suas anotações no rodapé. É muito diferente, pois facilita a aprendizagem. Também tem aquele cheirinho de livro novo, que tanto me atrai. Além de descansar sua visão, que não precisa encarar tanta luz artificial por um longo tempo.
Mas, voltando ao assunto principal, tiveram a audácia de inventar essa maravilha. Funciona assim: existe uma pré-programação no ambiente virtual. É como se as respostas já estivessem definidas, pois entra em cena aquele tal de logaritmo. Isso tem muito no YouTube, quando a plataforma sugere para você certos vídeos com os quais o usuário ainda não teve contato. A IA, que funcionará lá no ambiente de trabalho, irá lhe atender como uma pessoa de carne e osso, habilitada para tudo. Isso pode ser feito, porque várias perguntas são bastantes genéricas e podem ser respondidas com um padrão que satisfaz a todos. Entretanto, situações que existem um apanhado mais complexo de informações e interpretações serão, facilmente, negligenciadas, incapazes de sanar o objetivo do cliente. Vejo linhas telefônicas congestionadas de pessoas tentando resolver os problemas que a IA deixou pelo meio do caminho.
Devem ser semelhantes a essas mensagens automáticas quando acessamos um site à procura de um atendimento. Na maior parte dos casos, nada se resolve. A informação é apenas repassada. Fico preocupada com o futuro das profissões. Acredito que várias delas serão obrigadas a extinguir diversos cargos, cuja necessidade de existirem será nula e imprópria. Mas é assim, a tecnologia a serviço de seus interesses, em detrimento do conforto, facilidade e resolutividade que ela traria à vida de todos que dela dependem. Em algum momento da vida, alguém se arrependeu de seu feito inovador. Ele poderia ter até dito esta frase: "Após tanto aprender e ao me confrontar com o conhecer, me vem a obscuridade e o entristecer, que um dia me salvará o viver, do querer de não saber mais nada."
Essa base de perguntas e respostas genéricas são só o início. As IAs aprendem com os padrões dos dados que elas consomem, simulando o aprendizado humano. Assim, quanto mais o tempo passa mais assertivas e nichadas elas se tornam. IAs já estão produzindo códigos inteiros de aplicativos, simulando conversas incrivelmente fiéis às reações humanas e desenvolvendo uma certa criatividade plagiada. Nesse ritmo, em breve elas estarão desenvolvendo nossa ciência e arte.
ResponderExcluirParticularmente, considero essa ideia assustadora. Um tempo em que a criação supera o próprio criador, tornando-o totalmente obsoleto. Simplesmente tenebroso.
Ou talvez eu esteja sonhando demais haha